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Sobre o blogue

5N tem um significado muito especial, vem do 5 de Novembro, o dia que foi escolhido por dois corações marcarem o seu amor para sempre e aqui o sempre, tem de ser até que um de nós poder amar, ao que muitos chamam de vida e nós em especial, chamamos de amor. O 5N não é só um blogue sobre o amor, é um blogue também que fala do pulsar do pensamento, da criatividade que espalho por aqui, enquanto se espera por um beijo ou um abraço... a minha imaginação fértil, é o dançar por entre o silencio e fazer tudo acontecer, mesmo quando não acontece. O silencio é uma boa plataforma para crescer e criar, é como do nada criar novos mundos, personagens semelhantes a mim e ao sétimo dia descanso, nos teus braços...

O blogue é a terra onde lanço as minhas palavras, não como sementes e sim, pedregulhos. Deles nunca nascerão flores ou algo de belo. Provavelmente vais tropeçar numa, cair e dizer uma asneira. Dói, eu sei… porque foi assim como as escrevi, com as mãos doridas e a alma, sei lá, se existe. Um Deus me pôs aqui, até morrer, para depois me oferecer o paraíso, diz quem acredita... eu, que depois de ter visto aquele olhar da mulher do desejo, fico longe desse tal paraíso e mais perto dela, mesmo que me seja intocável, eu quero-a para mim, mais do que a um Deus e do que a vida, se é que ela existe... Vou deitando pedregulhos da minha janela, como se me deitasse aos poucos pela janela e fugir daqui... Quantos mais pedregulhos atiro, mais me sinto pesado, mais tenho para deitar fora. Nunca serão flores, poemas, serão as minhas ruínas perdidas na Internet


José Araújo



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Sempre que uma amiga me dizia que se ia casar. Eu dizia-lhe, que seria das noivas mais belas, só não seria a mais bela, porque essa seria a minha. Hoje casa-se a noiva mais bela com um amigo meu. Desço as escadas da igreja com mais dor do que as subi e em cada movimento que me leve para longe dela, é uma faca que despedaça o coração em mil pedaços. O meu andar é desnorteado, como se caminhasse perdido num deserto quase sem vida. Uma subtil brisa parece querer limpar as lágrimas, que os meus olhos deixam cair como pegadas que ela pudesse seguir. Caminho até não poder mais, apoio -me a um poste de iluminação e senti o telemóvel tocar, procurei-o no bolso e deitei-o no lixo. Olhei para o céu como se ele pudesse agarrar -me e levar para longe dali… mas não, nada se interessava! Nem tão pouco chovia! Estava um dia ideal para se casar, a escuridão era só minha …suspirei e abandonei o meu apoio, continuei andar, desta vez, ainda mais lentamente. Sou um tipo banal, as mulheres não se apaixo

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