Avançar para o conteúdo principal

A salvação

O padre Francisco não podia ser mais feliz, tinha uma linda igreja, sempre bem arranjada com ajuda do seu rebanho, nesse rebanho não havia uma ovelha negra. Toda a gente amava Deus e ele se sentia abençoado por isso. Uma certa tarde depois da missa, sempre a igreja cheia. O conde dos sete reinos pediu para falar com o padre, ele levou o conde para onde costumava receber a gente mais nobre, dou a sua cadeira ao conde, tirou a sua melhor garrafa de vinho do porto e encheu o copo do conde e um fundinho no dele. Sobre o olhar do conde se assentou numa cadeira e perguntou o que o trazia aos seus humildes aposentos. O conde bebeu e perguntou, o senhor padre sabe que mandou arranjar o telhado da igreja? O padre sorriu e respondeu, como poderia esquecer da sua bondade! O conde acenou com a cabeça suavemente e perguntou, o senhor padre se lembra quem mandou arranjar os seus aposentos de luxo? O padre sorriu nervosamente e respondeu, nunca poderia esquecer! O conde sorriu e perguntou: o senhor padre lembra-se quando era jovem quem mandou construir esta igreja? O padre alargou o colorido branco e disse: foi a vossa excelência! O reino de Deus será sempre das pessoas generosa como a vossa excelência. O conde bebeu o restante vinho e logo o padre lhe encheu o copo de novo, ele continuou com o seu fundo no copo. O conde perguntou pela última vez: o senhor padre ainda se lembra o que me disse cada vez que fiz essas obras por Deus? O padre limpou o rosto com um lenço branco e respondeu: que podia lhe pedir tudo, a Deus nada é impossível! O conde bebeu o seu vinho e disse: não quero mais pobres na minha igreja. O padre se levantou insultado, que ousadia da sua parte, isso é uma heresia! O conde se levantou, aproximou-se do padre e disse: na terra nada me é impossível! No próximo Domingo cá estarei na casa de Deus e saiu. O padre bebeu o seu fundo de vinho, ia encher de novo o copo, mas lembrou-se que o vinho era caro e foi buscar outra garrafa. Quando saiu dos seus aposentos, parecia que a alma lhe tinha fugido do corpo. Chegou ao pé do sacristão e disse-lhe que os pobres não podiam entrar mais na igreja.

A notícia correu de boca em boca e logo a aldeia se revoltou, uns com o sachos, outros com paus, outros com foices e as mulheres com tachos acercaram a igreja. O sacristão antes que acontecesse uma desgraça foi chamar o senhor padre, ele só disse: eu tenho ouvidos para ouvir, já vou! Benzeu-se com água-benta, pós a Bíblia nas mãos e saiu para falar com a multidão. Apesar do frio, sentia muito calor. Havia gente por todo lado e ele tentou falar mas o povo não deixava ou não ouvia, ele pediu calma com as mãos e quando barulho era menor ele pediu para poder falar, as vozes quase se calaram  e o padre começou a falar: vós tendes razão para estarem assim, porque não sabeis das coisas e eu estou aqui para as explicar e se mesmo assim for a vossa vontade a revolta, aceito-a como a vontade de Deus. Como vos sabeis sou um enviado de Deus para salvar almas, pois os que estão salvos ao reino de Deus pertencer! Muitos de vós não tendes o dom de saber ler, Deus assim quis! Outros sabem, mas nunca leram a Bíblia, Deus assim quere! Por isso me enviou para vós ensinar o que diz a Bíblia, a palavra de Deus. Quando falo da Bíblia, em Deus em mim a falar por mim. Abriu a Bíblia e disse: “De fato, é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus" Lucas 18:25 as pessoas olhavam para o padre em silêncio com ar de quem não estava a entender. Ele chamou para o seu lado o ti Manuel que sabia ler mas devagar. O padre apontou com o dedo, dizendo Lucas 25 e pediu para ler. O Ti Manuel juntando as letras e muito devagar leu “De fato, é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus" o que é um camelo gritou alguém! O padre respondeu é como um burro do deserto. O padre agradeceu ao Ti Manuel, que voltou para o seu lugar orgulho por Deus ter falado pela boca dele. O padre continuo: segundo o que diz a Bíblia, é vosso o reino de Deus porque são pobres, a vós já eu salvei, agora preciso salvar os que tem dinheiro, tenho de os convencer a doar esse dinheiro aos pobres para a sim eles poderem ir para o reino de Deus. Eles são os pecadores que tenho de salvar por isso são eles que têm de ir a missa, de entrar na igreja. Vós, os pobres já estais no reino de Deus porque ao serem pobres foram escolhidos por Deus. Por isso vos peço, deixem-me salvar almas perdidas. O povo vês silêncio e depois gritou: salvem os pecadores! É foram para a sua vida felizes por estarem no reino de Deus.

Apartir de esse dia, todos os Domingos os pobres saiam das suas casas para verem os pecadores passarem para ir a igreja salvar a sua alma. Que algum sejam salvos, pensavam os pobres. Nós já estamos salvos.

Consta que o Conde dos sete reinos não ficou muito contente com o discurso do padre, mas ele fez o que lhe pediu. Como prenda recebeu uma cama nova

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A noiva mais bela

Sempre que uma amiga me dizia que se ia casar. Eu dizia-lhe, que seria das noivas mais belas, só não seria a mais bela, porque essa seria a minha. Hoje casa-se a noiva mais bela com um amigo meu. Desço as escadas da igreja com mais dor do que as subi e em cada movimento que me leve para longe dela, é uma faca que despedaça o coração em mil pedaços. O meu andar é desnorteado, como se caminhasse perdido num deserto quase sem vida. Uma subtil brisa parece querer limpar as lágrimas, que os meus olhos deixam cair como pegadas que ela pudesse seguir. Caminho até não poder mais, apoio -me a um poste de iluminação e senti o telemóvel tocar, procurei-o no bolso e deitei-o no lixo. Olhei para o céu como se ele pudesse agarrar -me e levar para longe dali… mas não, nada se interessava! Nem tão pouco chovia! Estava um dia ideal para se casar, a escuridão era só minha …suspirei e abandonei o meu apoio, continuei andar, desta vez, ainda mais lentamente. Sou um tipo banal, as mulheres não se apaixo

Rendas pretas

Não era incapaz de ir a igreja sem se arranjar, especialmente por baixo da saia, gostava de usar rendas pretas, caras, suave ao toque para sentir o calor da pele, gostava de se sentir bela no seu íntimo. Uma corrente de ouro com a cruz a bater no decote bastante aberto, umas gotas de perfume caro. Nada de batõ e nem outro tipo de pintura, o senhor é para coisas da alma. Da janela do seu quarto podia ver a igreja, sentir o badalar do sino, olhou para o espelho, dou um retoque no espelho e pôs o véu preto sobre a cabeça, pegou na bíblia e no terço, saiu para a rua. O som do sino a guiava até a igreja, sem olhar para os lados porque é uma mulher seria, uma mulher de Deus. Antes de entrar na igreja benzeu-se e entrou naquela escuridão, já que a igreja tinha poucas  janelas e a iluminação das velas era muito pouca, algo que ela achava existente. Lembrou-se de um dia em que começou a roubar velas da igreja e no seu quarto deixou derreter a vela na sua pele, chamava-lhe o toque de Deus... Sab